Uma ideia simples!

Boa noite caros amigos blog-espectadores! Após uma semana muito corrida e de muito trabalho, não poderia deixar de escrever para vocês! Farei um post menor hoje, sobre adaptações para o dia a dia e semana que vem farei um bem bacana sobre uma adaptação que vi na ALEMANHA quando fui ano passado competir, e detalhe esse tipo de adaptação simples e genial eu só vi lá! Deixarei a duvida e o suspense no ar para que vocês pensem no que pode ser! hahaha

Hoje trarei uma ideia simples que resolveu quase todos meus problemas na questão independência! Juro que me fez dar um pulo nesse assunto, e sai adaptando tudo aqui em casa: ALÇA. Maluco, maluquinhos e malucaços! A porra da alça faz toda diferença! Com ela um tetra pode abrir e fechar mochilas, casacos, calças etc.

É um seguinte, te trará muita independência, o custo é baixo (pode ser feito de tecido, arame, barbante), não chama muita atenção, foi feito para quem for tímido, e você pode colocar onde sua imaginação não te limitar. Vou colocar umas fotos aqui abaixo, em alguns objetos que pus a bendita alça, mas que sirva só como um empurrão para que vocês fiquem o mais independentes possível e para que vocês deixem a imaginação rolar.

Duas alças ou ganchos no próprio zíper para facilitar a fechar minha pochete, detalhe esses dois foram feitos com barbante!

 Foto da minha calça jeans, coloquei velcro no lugar do zíper, gancho de calça social no local do botão e é claro um ganchinho ou alça para ajudar a fechar a calça.

Qualquer duvida ou sugestão sobre adaptações ou da matéria é só entrar em contato conosco que respondemos com o maior prazer!

MANUALDOTETRA@GMAIL.COM

"FORTES SÃO AQUELES QUE TRANSFORMAM EM LUZ O QUE É ESCURIDÃO"

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HOTEL PORRETA!

Boa noite meus caros amigos blog-espectadores, a noite está linda, a lua mais ainda e a energia que trarei sempre será positiva! Venho de mais um campeonato, que fora esse fim de semana agora em recife, eu particularmente gostei muito da cidade, que está em falta grave contra nós ditos deficientes, mas mesmo assim me encantou.

Antes de toda calçada havia um buraco imenso que dificultava a locomoção pra cacete, passamos um sufoco lá um dia, por inventar de ir ''à rodas'' do hotel pro ginásio, maluuuuuuuco que perrengue! Mas sobrevivi e estou aqui para elogiar e muito o hotel em que ficamos: MAR HOTEL de recife! Meu amigo, me camarada, meu chegado! Fantástica a acessibilidade do quarto adaptado, com espaço relativamente bom para o transito de um cadeirante, banheiro enooooooorme (detalhe: com cadeira de banho própria do hotel), camas de altura otima, mesa que qualquer cadeirante entra etc. Além de ter tudo acessível e de boa qualidade, o gerente, GUSTAVO, veio conversar comigo para saber o que era necessário mexer e o que estava errado, para poder manter um padrão de excelência. Então MAR HOTEL muito parabéns pelo otimo trabalho e que vocês continuem assim! E para quem for aleijado afim de conhecer recife eu aconselho uma estada lá!

Banheiro grande com cadeira de banho do próprio hotel.

Espaço relativamente bom para o translado da cadeira.

 Quarto do hotel.

Mesa do quarto com altura boa para um cadeirante também. 

 No flagra! Fazendo a transferencia da cama para cadeira, só para ilustrar a altura boa da cama.

Accessibility!

Boa noite caros amigos blog-espectadores! Como prometido agora tive tempo e consegui pensar em algo bacana para o blog, como a maioria dos bloggers são atletas da seleção brasileira de tênis de mesa, vou falar da acessibilidade dos ESTADOS UNIDOS, palco do nosso ultimo campeonato.

Muito bem meus amigos, é um seguinte, o trem chamado acessibilidade lá é nervoso e anda a 300 km/h. É incrível como em todo lugar há rampas, elevadores, banheiros adaptados e pessoas preparadas para ajudar, o bagulho é de arrepiar! Nós estivemos em MILWAUKEE, uma cidade relativamente pequena (cerca de 600 mil habitantes), e eu particularmente fiquei impressionado com todo o preparo da cidade com os deficientes, lá o negócio funciona rapaziada!

Trouxe algumas fotos para vocês terem uma noção do que estou falando. Nosso hotel ficava há uma quadra do ginásio e havia uma espécie de corredor que ligava os dois, mas era de carpete, muito ruim para tocar a cadeira, então íamos e voltávamos pela rua todo dia nesse percurso hotel-ginásio e até nossos amigos Bruno e Carlinha conseguiam tocar a cadeira tranquilamente pela rua.

Outra coisa que me chamou muito a atenção e que nunca havia visto aqui no Brasil foi as adaptações para porta! As portas de quase todos os lugares eram manuais, pros ditos normais, e para os ditos deficientes havia um botão cujo abria a porta automaticamente e até a colocação do botão foi muito bem pensada. Caso a porta abrisse para fora o botão ficava ao lado da porta, caso ela abrisse para dentro ficava do lado da outra porta para que o cadeirante ou deficiente saia da frente dela e a porta não bata em ninguém quando a mesma abra. Vocês podem dizer que parece bobo ou lógico mas eu pelo menos nunca tinha visto esse sistema de portas no Brasil! Isso pode ser ate uma saída para as empresas daqui resolverem esse problema!

Finalizando estou apaixonado por aquele lugar e deixarei uma dica para quem quiser escutar, conheça os ESTADOS UNIDOS. Se você é tetra, cadeirante, deficiente ou dito normal deve conhecer aquilo, é coisa de outro mundo e eu tenho certeza que vocês irão se apaixonar também, semana que vem falarei sobre recife, uma cidade que me surpreendeu também!

 Se vocês repararem, tudo acessível!

 Percurso hotel-ginásio!

 Todas as calçadas e ruas acessíveis, com rampas, lisas e pouquíssimos buracos.

Vamos forçar a vista e ver o botão do sistema de abertura de portas o qual eu havia falado, o botão está entre o IRAN e o BRUNO. A porta nesse caso abre pra dentro então botão fica ao lado da porta para não atingir quem quer abri-la.

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Sem passagem não dá!

Galera, fico feliz em contar que voltamos com medalhas da última competição, uma etapa do circuito mundial. Mas fico ainda mais feliz em dizer que isso foi possível porque ganhamos a passagem! Veja como isto é possível aqui em Brasília na matéria abaixo (Secretaria de Esporte DF):

Vamos nessa!!
Carla Maia

 

Os para-atletas brasilienses Bruno Braga, Carla Maia e Guilherme Costa  mostraram porque estão entre os melhores do país no tênis de mesa. No  US Para Open& US Open, disputado em Milwaukee nos Estados Unidos no início de julho,  conseguiram medalha de bronze individual  e ouro por equipe no masculino.  A competição é um circuito mundial que pontua para as Paraolimpíadas de Londres 2012.  Os três viajaram pelo Compete Brasília, programa da Secretaria de Esporte.
Para Carla Maia, a mais experiente do grupo,  o apoio da Secretaria de Esporte foi fundamental para os resultados. “Sem o Compete Brasília a gente não teria viajado. Disputar as competições internacionais é muito importante para a gente que pretende ir para o Panamericano”. Guilherme, que ganhou a primeira medalha internacional, destacou que foi uma boa experiência para a carreira.
O secretário adjunto, Luiz Carlos Santana, parabenizou os atletas pela conquista. “O Compete Brasília tem cumprido seu objetivo. É sempre bom vê resultados como esses. E estamos aqui é para fomentar o esporte no Distrito Federal”, disse acrescentando que a Secretaria tem plano também de incluir os para-atletas no Bolsa Atleta.  
Os três são tetraplégicos e treinam na AABB a durante toda a semana três horas por dia. Para jogar, usam uma cadeira de rodas adaptada.  A próxima competição que disputam é a seletiva em São Paulo dia 23 para os Jogos Paranamericano, que será realizado em Guadalajara no México em novembro.   
Programa- O Compete Brasília foi criado pela Secretaria de Esporte com o objetivo de incentivar a participação de atletas de alto rendimento das mais diversas modalidades em campeonatos nacionais e internacionais. Além disso, estimula o treinamento, contribuindo para a formação da identidade esportiva da cidade. O incentivo é feito por meio de concessão de passagens aéreas ou terrestres. Em caso de equipes, a Secretaria aluga ônibus para levar os atletas.

Cruzando fronteiras!

Muito bem meu caros amigos blog-espectadores, chegamos ontem da competição com noticias muito boas! O Brasil foi muito bem no campeonato, medalhando em várias categorias e do time daqui do blog, eu Carlinha e Bruno trouxemos 4 medalhas! Cada um medalhou com bronze na sua categoria e Bruno e eu trouxemos um ouro por equipes, só alegrias no US OPEN!

Não estou com as fotos ainda, mas essa semana Bruninho me passará e farei um post de uma coisa que me chamou muito atenção lá nos Estados Unidos, tudo é acessível! Mas deixarei para me aprofundar semana que vem, hoje venho falar de uma coisa que nunca tinha pensado, o cateterismo no avião.

Se você for homem é tranquilo, é só pedir o cobertor para aeromoça, ou aerovelha em alguns casos rsrs, e sonda pra que te quero. Caso você esteja acompanhado peça para seu(a) acompanhante jogar a urina fora para você, caso esteja sozinho as aeromoças estão lá para ajudar-lhe, mas agora eis a questão: se nós estivermos tratando de uma mulher, como faremos o cat no voo?

Nós passamos por isso e para minha surpresa foi uma resposta muito tranquila. Havia uma cadeira de rodas, menor para poder andar entre as poltronas, no avião e depois de algumas explicações fizemos o cat na cozinha do avião numa boa sem maiores problemas! Me surpreendeu a simplicidade da resolução do problema, mostrando que as respostas estão debaixo do nosso nariz só basta uma nova interpretação e uma olhadinha para lado! Finalizando nós tetraplégicos podemos, temos e devemos viajar e cruzar fronteiras, não apenas as de um País para o outro, mas sim as fronteiras do que os outros julgam impossível ou muito difícil.

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